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01/09/2022 - 11h13

Uma gestão empreendedora para inovar o Porto de Santos

Fonte: Editorial Portogente
 
Como estava escrito nas estrelas, e Portogente prenunciou, a desestatização do Porto de Santos não sai este ano. Um quadro que expõe um projeto aquém da grandeza do planejamento - logístico e comercialmente. É preciso reformular a estruturação dessa reforma, sabendo a meta a ser alcançada no processo de solução. O que se assiste é construção de "puxadinhos" favorecendo a interesses particulares, como foi o inconstitucional e oneroso caso da contratação da dragagem, para citar um exemplo.
 
A questão é como fazer o espírito empreendedor dinamizar o setor público para prestar serviço eficiente e por menor custo? Era a cultura da antiga Companhia Docas de Santos (CDS), mesmo explorando o porto como monopólio. Por isto, realizou um projeto à frente do seu tempo e alinhado aos principais portos mundiais. Se o principal porto brasileiro não expandir, vai perder competitividade e rebaixar o já baixo nível da relação Porto&Cidade.
 
O programa de desestatização do Porto de Santos é nitidamente uma iniciativa com meta sem propósito de crescimento e, assim, não consegue estimular a sua comunidade. A sua controvertida segurança jurídica nos contratos de arrendamento dentro do porto acrescenta incertezas. Não fomenta o desenvolvimento de projeto para aumentar a sua competitividade, com acesso para os grandes navios globais. Tampouco explica o varejo de leilões sem focar o porto como um conjunto.
 
Entretanto, o porto como um fator gerador de emprego e renda deve ter autonomia e eficiência de gestão dentro da área do porto organizado, de forma a sair do seu papel reativo, de mero atendimento a pedidos de movimentação de cargas, para ser um indutor de expansão. Uma administração portuária empreendedora, alinhada com os interesses do seu negócio. O que hoje não é.
 
Qualquer que seja o resultado da eleição para Presidência do Brasil, haverá novas composições políticas e novas estratégias portuárias. O Porto de Santos tem uma comunidade competente para solucionar os seus problemas, com características próprias, e propor um modelo de Autoridade Portuária alinhada com a eficiência do negócio do porto. Será um debate priorizando o importante e fundamental, perseguindo resultados revolucionários.
 
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