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23/08/2022 - 11h43

“Port Community System é um processo natural”, afirma Burlier

Fonte: BE News
 
Plataforma que busca integrar os entes da cadeia logística foi um dos destaque da palestra do especialista no Inova Portos
 
Uma plataforma com o objetivo de integrar todos os entes da cadeia logística portuária, agilizando processos de informação e reduzindo custos, tornando as operações mais eficientes e os portos mais competitivos. Essa é a Port Community System (PCS), que, na visão do diretor do Departamento de Gestão e Modernização Portuária da Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários (DGMP/SNPTA), Otto Luiz Burlier, é um processo natural para os portos.
 
Burlier foi um dos palestrantes no primeiro dia do Inova Portos, que teve início ontem e vai até hoje, no Parque Balneário Hotel, em Santos. Ele apresentou os avanços da Secretaria de Portos no tocante à inovação e tecnologia, com foco na desburocratização de processos e otimização das operações portuárias.
 
Quanto ao PCS, Burlier disse que, inicialmente, o projeto foi voltado para os portos de Santos, Rio de Janeiro, Itajaí (SC) e Suape (PE). Porém, o seu orçamento foi revisto em função da pandemia, mas “a gente entende que foram entregues alguns produtos que podem ser utilizados por qualquer autoridade portuária. O PCS é focado nos eixos de governança, processos e sistemas. No eixo de governança, a ideia era tentar mobilizar e incentivar as comunidades portuárias para que se convencessem de que vale a pena implementar um PCS, não somente entes públicos, mas todas as entidades privadas, associações e empresas. Para esse eixo, foi construído um plano de negócios para os portos de Santos e Itajaí”, comentou.
 
O especialista explicou que, para se criar o PCS, foi feita uma revisão dos processos já existentes junto às comunidades portuárias. “O trabalho foi realizado em conjunto com a Aliança Procomex (Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior), onde foi feito um amplo mapeamento de processos críticos levantados para cada uma das comunidades portuárias e, a partir daí, foi proposto pontos de melhorias em relação a esse mapeamento de processos”, disse ele.
 
“É importante citar a resolução da Conaportos (Comissão Nacional das Autoridades nos Portos), que instituiu orientações para todas as entidades e órgãos, caso queiram implementar PCS em portos brasileiros, para buscar uma padronização mínima em relação à linguagem. Então, todos os portos que queiram implementar PCS podem e devem utilizar a plataforma como base nessa resolução da Conaportos. Além disso, estamos trabalhando em um acordo de cooperação com a USP para manter as informações atualizadas de modo que à medida que as tecnologias forem evoluindo, a gente mantenha todas as orientações atualizadas”, observou.
 
Por fim, Burlier reiterou que o PCS é um processo natural. “Conhecemos experiências em outros países e muitos implementaram o PCS durante décadas. Então, a gente sabe que é preciso muita calma e confiança entre todos os atores da comunidade portuária para implantar um efetivo Port Community System. É um processo natural”, afirmou.
 
VTMIS
 
O especialista destacou ainda que a Secretaria de Portos tem incentivado os portos organizados a implementarem o VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), um sistema de auxílio eletrônico à navegação, com capacidade para prover a monitoração ativa do tráfego aquaviário. “É um sistema que tem ganhos positivos para todos os atores, não somente para a Autoridade Portuária, mas para os órgãos públicos”, afirmou Burlier, lembrando que o Porto de Vitória (ES) foi o primeiro a implantar o sistema.
 
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