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08/11/2022 - 11h17

Quase 50% das cargas na cabotagem são transportadas via mercado feeder

Fonte: Portos e Navios
 
Estudo apresentado pela Antaq aponta que serviço feeder e cabotagem 'pura', apresentaram crescimento constante, com cargas feeder variando entre 38% e 44% das cargas transportadas na cabotagem entre 2017 e 2021
 
Um estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) concluiu que, tanto serviço feeder quanto a cabotagem pura, apresentaram crescimento constante desde 2017 no Brasil, com as cargas feeder variando entre 38% e 44% das cargas transportadas na cabotagem entre 2017 e 2021. A publicação confirmou que o complexo portuário de Santos, compreendendo os terminais do porto organizado e o terminal de uso privado (TUP) da DP World Santos, é o maior ou o único hub port brasileiro, concentrando 65,83% de toda a carga feeder, como origem ou destino nacional.
 
“Quase metade das cargas na cabotagem são transportadas via mercado feeder. Será importante quando conseguirmos quantificar os dados do setor”, comentou o gerente de desenvolvimento e estudos da Antaq, José Gonçalves Moreira Neto, durante o webinar ‘Quantificação do mercado feeder na cabotagem brasileira’, promovido pela agência na última quinta-feira (3), em Brasília. A intenção da Antaq, segundo Neto, é passar a acompanhar o comportamento desse mercado com atualizações trimestrais.
 
A Gerência de Desenvolvimento e Estudos da Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade (GDE/SDS) da Antaq identificou que as empresas que realizam a navegação de longo curso tendem a utilizar empresas brasileiras de navegação (EBNs) coligadas, ou do mesmo grupo societário, para realizarem o serviço feeder no Brasil.
 
O levantamento identificou a prevalência da Hamburg Sud com 31% do mercado, seguida pela MSC (28%) e Aliança (14%) — Maersk e CMA CGM aprecem com 7% de participação cada. Neto ponderou que os estudos confirmaram a hipótese de que as empresas de longo curso utilizam predominantemente EBNs coligadas ou do mesmo grupo econômico. O gerente citou que a Hamburg Sud possui parceria com Aliança Navegação para movimentação de 72% da carga feeder transportada no trecho nacional. Já a MSC utiliza a Log-In em 85% das operações e a Maersk utiliza a Aliança como parceira em torno de 95%. A CMA CGM utiliza tem parcerias a Mercosul Line (48%) e a Log-In (45%).
 
A principal rota da carga feeder no Brasil, segundo o estudo é entre os portos de Vitória (ES) e Santos (SP) – representando em torno de 18% do mercado feeder. “Verificamos que Vitória hoje não recebe grandes navios de longo curso e tem uma linha dedicada para Santos para atender este mercado”, explicou. Outros destaques são as rotas entre Vitória e Rio de Janeiro e entre Santos e Pecém (CE). Os técnicos da Antaq concluíram ainda que o serviço feeder ajuda a manter a frequência da cabotagem na medida que aumenta a confabilidade no mercado doméstico, sobretudo com a utilização da multimodalidade e da oferta de serviços porta-a-porta pelas empresas de navegação.
 
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