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24/08/2022 - 11h45

Porto espanhol é usado como exemplo de inovação em evento em Santos

Fonte: A Tribuna On-line
 
Valência se tornou quarto maior complexo europeu; case foi demonstrado nesta terça-feira (23) em Santos
 
Um porto que, no final da década de 1990, não estava nem entre os dez maiores do Mar Mediterrâneo é, hoje, o quarto maior porto europeu. A chave dessa virada foi a aposta certeira em inovação e formação.
 
O exemplo vitorioso do Porto de Valência, na Espanha, foi apresentado nesta terça-feira (23), no último dia do Inova Portos, evento promovido pela Santos Port Auhority (SPA) no Parque Balneário Hotel, em Santos. De acordo com o diretor de Projetos da Fundação Valenciaport, o brasileiro Jonas Constante, há uma tendência global para o desenvolvimento de ecossistemas de inovação nos portos.
 
“Na minha visão, sensibilizar para a inovação, atraindo interesse da sociedade nesse tema, startups e criar estruturas de forma que possam fomentar o empreendedorismo, é algo alinhado com as boas práticas internacionais”, afirma.
 
Ele conta que, na cidade espanhola, a ideia de criar uma entidade voltada para a inovação ocorreu em 2004. A Autoridade Portuária local detém participação de apenas 20% nessa instituição. O restante se divide entre empresas privadas, associações e universidades.
 
“A Fundação Valenciaport atua como braço do porto para o desenvolvimento de inovação”, resume Constante.
 
Formação
 
O executivo reforça a atuação em três grandes vertentes: cooperação internacional; inovação e desenvolvimento; e formação, com o objetivo de centralizar a logística portuária na região valenciana.
 
A capacitação ganha especial destaque na ideia de inovação. “Para inovar, eu preciso de pessoas qualificadas. Então, passou-se a investir pesadamente em formação portuária de qualidade”, declara.
 
Mentalidade
 
Jonas Constante lembra que, em Valência, a existência de um espaço para inovação tecnológica próximo ao Porto também é uma ferramenta na integração com a Cidade.
 
O espaço ganhou impulso quando o governo espanhol criou o Fundo 4.0. Nele, 1% das tarifas arrecadadas por todos os portos espanhóis passou a compor um fundo destinado a startups que desenvolvem soluções ao setor portuário.
 
“A ideia não é apenas atrair empresas espanholas, mas de qualquer parte do mundo. Se tiver conexão com os desafios que a Espanha enfrenta, essas empresas podem se apresentar”, indica.
 
Constante reitera que esse tipo de política reforça a necessidade de pensar além do óbvio. “Qualquer solução que se desenvolva precisa considerar a comunidade. Quanto mais atores forem conectados, mas forte vai ser o ecossistema de inovação.”
 
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