Fonte: A Tribuna On-line

 

A embarcação atracou nesta manhã (5) e ficará aberta à visitação pública; a entrada é gratuita

 

O navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, chegou ao Porto de Santos na manhã desta quarta-feira (5), por volta das 8h30. A embarcação estará aberta à visitação pública nesta quinta (6), das 13h30 às 17h30, na sede da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), entre os armazéns 27 e 29 do cais santista. A entrada é gratuita.

 

A visita do veleiro faz parte das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil. Também é uma forma de colocar a Marinha mais próxima da sociedade, estimulando a mentalidade marítima e a preservação das tradições navais. O Cisne Branco foi construído para celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil e normalmente representa o País em eventos nacionais e internacionais, além de ser empregado no treinamento dos militares da Escola Naval.

 

Características

 

O Cisne Branco foi construído na Holanda. Sua viagem inaugural começou em 9 de março de 2000, em Lisboa, Portugal, e terminou em 22 de abril no litoral da Bahia, em Porto Seguro. O trajeto foi o mesmo feito pelo navegador Pedro Álvares Cabral em 1500. Com 32 velas, o navio-veleiro foi construído com base nos projetos dos últimos clippers, navios longos e estreitos fabricados no século passado, com a missão de superar a lentidão das antigas embarcações com propulsão à vela. Eles foram planejados para carregar pequenas cargas ou volumes, além de passageiros.

 

Com 76 metros de comprimento, o Cisne Branco viaja, na maior parte do tempo, graças à força do vento. O motor é utilizado apenas quando as condições climáticas são desfavoráveis ou em situações específicas, como na entrada e na saída dos portos. A embarcação não é toda de madeira: o casco e o mastro são de aço. Apenas o convés é em madeira.

 

Curiosidades

 

O navio-veleiro é utilizado na formação de oficiais e praças e mantém tradições navais antigas e curiosas. Uma delas se refere a uma moeda de 100 réis, de 1936, com o busto de Almirante Tamandaré (patrono da Marinha), que foi doada pelo almirante-de-Esquadra Arlindo Vianna Filho (chefe do Estado-Maior da Armada em 2000, quando o Cisne Branco foi incorporado à Marinha). Ela está cravada sob o pé do mastro principal. Uma réplica também está fixada na área interna do veleiro. A moeda faz referência a uma lenda grega, em que uma moeda era utilizada como pagamento à figura mitológica, que fazia o transporte das almas dos tripulantes ao paraíso.