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04/08/2022 - 11h33

Governo estuda mudar regra do leilão do Porto de Santos

Fonte: A Tribuna
 
Após pedidos, é avaliada permissão para maior participação de terminais e armadores
 
O Governo Federal avalia a possibilidade de alterar a regra que limita a participação de terminais portuários e armadores na privatização da SPA, estatal que administra o Porto de Santos. Essa análise foi confirmada pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra).
 
Pela proposta de leilão levada para consulta pública no início do ano, a pasta sugeriu que empresas que operam terminais no Porto possam integrar o consórcio vencedor que administrará o complexo portuário com participação individual máxima de 15%, ou até 40% em conjunto. A norma foi elaborada para evitar abuso de poder econômico na futura gestão privada do Porto.
 
De acordo com o MInfra durante a fase de consulta externa sobre o projeto, o Governo Federal recebeu diversas propostas relacionadas ao tema. Houve sugestões tanta para ampliar percentuais, e mesmo eliminar a regra, quanto para aumentar a restrição, acabando com qualquer flexibilização na participação desses agentes no leilão.
 
Na semana passada, a União incluiu o Porto de Santos no PPI e no Programa Nacional de Desestatização (PND), em despachos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e publicados no Diário Oficial da União. Embora apertado, o cronograma federal prevê a privatização do Porto ainda neste ano, o que é visto com ceticismo por parte do mercado.
 
O secretário de Fomento, Planejamento e Parcerias do MInfra, Rafael Furtado, disse acreditar que a proposta da desestatização será apresentada ao TCU em agosto. Depois disso, a expectativa é publicar o edital em outubro, o que dependeria de uma decisão da Corte de Contas em menos de três meses – prazo considerado estreito pelo mercado, dado o tempo que o TCU tem levado em análises de casos de desestatização.
 
Em entrevista para A Tribuna, o secretário nacional de portos, Mário Povia, afirmou ser possível realizar o leilão da SPA na primeira quinzena de dezembro. A concessão prevê exigências que terão de ser atendidas por seu novo gestor e que alcançam a cifra de R$ 18,5 bilhões em projeto de melhorias, ampliação e manutenção.
 
TÚNEL
 
Além da privatização do Porto, o Governo Federal também avalia como vai encaminhar o projeto do túnel submerso entre Santos e Guarujá dentro do leilão. Nas últimas semanas, ganhou força em Brasília a opção de atribuir ao futuro concessionário a responsabilidade pela operação do túnel.
 
Se essa for a saída adotada, será uma mudança de rumo em relação a o modelo, colocado em consulta pública. Nele, a União sugeriu que a parte operacional da passagem seca fosse uma concessão apartada, atribuindo ao futuro operador do Porto de Santos apenas um aporte financeiro de quase R$ 3 bilhões – número posteriormente revisado para cerca de R$ 2 bilhões.
 
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