Fonte: Portos e Navios

 

A Secretaria de Fomento, Planejamento e Parcerias, ligada ao Ministério da Infraestrutura, aprovou o enquadramento da fase III de expansão do Porto Itapoá (SC) no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). A proposta da empresa Itapoá Terminais Portuários prevê obras de ampliação da área do terminal de uso privado (TUP) em aproximadamente 170.000 metros quadrados (m²), dos quais 100 mil m² serão dedicados à armazenagem de contêineres (etapas A + B).

 

Outros 40.000 m² para apoio às operações de um armazém de cargas gerais (etapa C) e 30.000 m² aos fundos (etapa D), para acessos, estacionamentos e demais estruturas de apoio ao terminal. De acordo com a portaria, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (5), o projeto tem R$ 815,7 milhões de investimentos estimados, com estimativa de R$ 57 milhões em suspensões fiscais. A empresa que administra o TUP deverá informar à secretaria do Ministério da Infraestrutura a conclusão do projeto ou eventual pedido de cancelamento da habilitação, no prazo de 30 dias.

 

A expectativa da empresa é potencializar a capacidade operacional do terminal com a chegada de novas empresas do segmento logístico na retroárea. Os gestores do terminam estimam mais de 10 milhões de m² de área que podem receber investimentos diversos em empreendimentos de suporte à atividade portuária.

 

O Porto Itapoá pretende ampliar, de 1,2 milhão de TEUs para 2 milhões de TEUs sua capacidade anual de movimentação. A ampliação do pátio, dos atuais 250.000 m² para 455.000 m² em sua fase final, será financiada com R$ 750 milhões captados pela empresa no mercado em 2021, por meio de debêntures incentivadas. O faturamento do terminal, localizado no norte catarinense, saltou de R$ 25 milhões no começo da operação, há 11 anos, para mais de R$ 550 milhões em 2021.

 

Outras melhorias poderão vir a partir da melhoria de acessos aquaviários e terrestres. A obra para ampliação e retificação do canal de acesso, na entrada da Baía da Babitonga, possui licença prévia do Ibama, o que, avançando, permitirá que navios com aproximadamente 360 metros de comprimento aportem na região. Também estão em curso projetos executivos para duplicações de rodovias que chegam ao porto, além de estudos para acessos ferroviários.