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15/09/2022 - 09h57

Estudo revela novo cenário na navegação de cabotagem

Fonte: A Tribuna
 
Transporte de carga conteinerizada triplica
 
O transporte de cargas conteinerizadas na navegação de cabotagem praticamente triplicou em comparação ao crescimento de outros tipos de carga (geral, granéis líquidos e sólidos), no Brasil, entre 2010 e 2020. Contudo, a liderança no setor segue absoluta com os granéis líquidos, com 77,1% desse mercado e seguida por granéis sólidos (11,8%), contêineres (8,1%) e carga geral (3%).
 
Estes e outros dados foram representados no webinar A Utilização de Embarcações de Bandeira Brasileira na Cabotagem, realizada pela Antaq na última terça-feira e que revelou o panorama atual das cargas conduzidas na cabotagem brasileira e a participação das embarcações nacionais de acordo com os produtos transportados.
 
“Para a Antaq, é uma oportunidade de ouvir o setor, que traz suas contribuições para que a agência faça uma regulação cada vez mais moderna, incrementando sua cabotagem e multimodalidade, além da infraestrutura hidroviária”, afirma o diretor-geral do órgão regulador, Eduardo Nery.
 
NÚMEROS
 
De acordo com o levantamento, no caso do transporte de contêineres em embarcações de bandeira  brasileira na cabotagem, ele chegou a 92,04% em 2021, mantendo tendência de alta verificada desde 2014. Em segundo lugar, estão os navios de bandeira da Libéria (2,49%), com Singapura em terceiro, com 0,93%.
 
Já quanto à movimentação de granel líquido em navios de bandeira brasileira na cabotagem, a pesquisa mostra queda, de 17,5% em 2014 para 4,1% no ano passado. Neste tipo de carga, a liderança é de embarcações com bandeira das Bahamas, com market share de 29,09% em 2021. Além disso, as principais mercadorias transportadas são petróleo e derivados, com 96,26%.
 
A participação da cabotagem no transporte de granel sólidos nas embarcações brasileiras vem caindo – chegou a 53,6% em 2016 e foi de 24,3% em 2021. O Brasil lidera desde 2014 o ranking do market share das bandeiras, mas sua participação caiu quase pela metade entre 2014 e 2021 (de 48% para 24%). Outras bandeiras relevantes são Panamá, Libéria e Malta.
 
Por fim, o índice de utilização de transporte em embarcações brasileiras na cabotagem para carga geral vem caindo ano a ano e, em 2021, foi de 59,1%. O perfil de carga geral tem como destaque ferro e aço (45%), madeira (30,6%) e celulose (19%).
 
IMPRESSÕES
 
O diretor de navegação e hidrovias da Secretaria Nacional de Portos, Dino Antunes Batista, argumentou que as polícias públicas para o setor não podem carecer de informações, sob pena de ficarem capengas. “O resultado colocado era o esperado, mas não podemos apenas trabalhar com o que a gente espera. Os dados viram informação e conhecimento”.
 
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