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25/07/2022 - 10h13

Distrito industrial e portuário da Alemoa carece de práticas ESG

Fonte: Editorial Portogente
 
O Distrito Industrial e Portuário da Alemoa, encravado entre o Porto e a cidade de Santos, é uma demonstração do descaso com as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) no ambiente portuário e urbano. Sua situação precária e ameaçadora, sob a ótica estrutural, quanto operacional, hoje tem tolerância tendendo a zero. A solução desse problema começa por perceber que estamos no início de uma cultura de valorização do conceito de gestão, como um pacto global comprometido com o futuro.
 
O debate dessa questão no principal porto do Hemisfério Sul, situado junto a uma cidade de pouco mais de 30 km² e onde estão instaladas 12 universidades, é imperativo entender a abrangência da expressão sustentabilidade. Incluindo o seu impacto sobre as marcas e os negócios, bem como são concedidos os licenciamentos para essas instalações sem rota de fuga adequada. Passados sete anos, permanece marcada a destruição terrível pelo incêndio de um tanque da Ultracargo nessa área, por descumprimento de normas e práticas ESG.
 
Definitivamente, o compromisso com as práticas ESG é como um voo de águia: constante, estável e longo. Uma cultura irreversível e comprometida com a vida no planeta. No debate por Portogente sobre o Distrito Industrial e Portuário da Alemoa, no Webinar em 13-10-20, foram destacados pontos importantes e que não têm o tratamento devido. Entretanto, são indispensáveis boas regras de comunicação no processo de gestão de riscos. O que não havia no caso do tanque da Ultracargo, para citar um exemplo.
 
Informação ao público é um objetivo estratégico e ausente no acobertado Distrito Portuário da Alemoa. E as autoridades fiscalizadoras devem cumprir bem o seu papel nessa imposição. Além disso, valorizar o ponto de vista social dessa informação e não deixar ninguém sem resposta. Isto como norma, na crise ou normalidade, tratada como responsabilidade social. A complexidade dessa área, sob o aspecto operacional e sua localização conurbada precisa de luz do sol, para expor sua realidade com muita clareza.
 
O setor financeiro vem incorporando novo papel na agenda ESG. Dos grandes bancos, assim como os médios e pequenos, aos investidores. As empesas que não atenderem a determinados requisitos, não terão créditos. Nesse sentido, avulta o papel das métricas, para expor política “greenwashing” maquiando seus dados ou causando riscos, como ocorre na Alemoa. Atualmente, isto causa perda de valor à marca.
 
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