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16/09/2022 - 12h25

Cruzeiros geram impacto de R$ 1,5 bi na economia

Fonte: A Tribuna
 
Número da temporada 2021/2022 é 33,2% inferior a 2019/2020, pré-pandemia da covid
 
A última temporada de cruzeiros marítimos no Brasil gerou um impacto de quase R$ 1,5 bilhão na economia do País. O número, mensurado entre outubro de 2021 a abril de 2022 e que envolve gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, além de cruzeiristas e tripulantes, foi 33,2% menor em comparação a 2019/2020, última temporada antes da pandemia. Além disso, o setor gerou R$ 213 milhões em tributos.
 
Os dados foram apresentados no Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2021/2022, produzido a partir de uma parceria entre a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil) e a FGV, foi lançado na última quarta-feira, em Brasília, durante o fórum da entidade que reúne as empresas do setor.
 
De acordo com o levantamento, cada R$ 1,00 investido no setor de cruzeiros movimentou R$ 3,23 na economia nacional. A temporada 2021/2022 foi marcada pelo retorno das atividades após a parada total em 2020/2021, por conta da pandemia, e contou apenas com cinco navios, em roteiros por 14 destinos. Foram oferecidos 193.927 leitos, o que corresponde a 75% da capacidade dos navios, de acordo com os protocolos sanitários do período.
 
O levantamento também indica que o gasto médio por pessoa com a compra da passagem foi de R$ 4.523,84 e o tempo médio da viagem, de 4,8 dias. Além disso, a média de impacto econômico gerada por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 605,90, e nas cidades de embarque e desembarque, de R$ 770,97.
 
Quanto a empregos, foram gerados na temporada 2021/2022 22.235 postos de trabalho, 33,8% inferior ao apurado no período anterior. Desse total, 1.223 foram de tripulantes dos navios (44,1% inferior ao gerado em 2019/2020) e outros 21.112 empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida (-33,1%).
 
PERFIL
 
Quase 92% dos pesquisados desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro e 87% querem retornar ao destino de escala, o que reforça o papel da viagem de cruzeiro como vitrine para os viajantes. Além disso, a maioria dos entrevistados (78%) desceu em, pelo menos, uma parada do roteiro.
 
Quanto à frequência, 66,1% dos cruzeiristas realizavam sua primeira viagem de navios, enquanto os 33,9% restantes já tinham embarcado em um cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes, o que demonstra que os cruzeiros estão sempre levando novos turistas aos destinos dos roteiros.
 
Quando perguntados sobre o destino de preferência no Brasil, 66,2% informaram o Nordeste, e entre os que revelaram interesse em realizar cruzeiros no exterior, 41,8% indicaram o Caribe e 36,8% a Europa como destinos preferidos. “O segmento de cruzeiros foi fortemente impactado pela crise sanitária, mas, apesar dos desafios, mostrou resiliência e alta capacidade de retomada”, afirma Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.
 
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