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21/11/2022 - 14h09

Aposta em tecnologia é o caminho para futuro das operações portuárias, analisam debatedores

Fonte: BE News
 
Inovação em Janela Única está entre as mudanças necessárias para a otimização do comércio internacional na visão de lideranças portuárias
 
Lideranças portuárias discorreram, em painel realizado no Portugal Export, na última sexta-feira (18), sobre os caminhos para a otimização das operações portuárias no futuro, com todas as análises passando pelo mesmo caminho: investimento em tecnologia.
 
Conforme observado pelos debatedores do painel “O futuro das operações logísticas e marítimas: tecnologia e sustentabilidade”, a implementação de janelas únicas portuárias deve ser alvo de investimento para o rápido compartilhamento de informações de cargas, o que pode poupar tempo e custos sobre as operações.
 
“Falta a nós chegarmos a um entendimento sobre a implantação da Janela Única, mas ela é necessária. É um desafio enorme”, afirmou o presidente-executivo da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), Antonio Nabo Martins.
 
Segundo o diretor-geral da Yilport Liscont, Bruno Vale, o Porto de Lisboa já está atuando para a consolidação de um sistema de janela única na capital portuguesa no ano que vem.
 
“A nossa vontade é termos (os sistemas) disponíveis no primeiro semestre de 2023”, explicou Vale. “Mas há outras questões e dificuldades levantadas”, ponderou.
 
Entre as dificuldades citadas, os portugueses mencionaram, segundo eles, a falta de capacidade de decisão de entidades públicas sobre o tema, em razão da carência de condições para atuar em prol de uma cadeia logística mais eficiente.
 
Outros temas considerados fundamentais para o avanço da agenda dos portos de Brasil e Portugal são a Tecnologia 4.0, ESG, a retirada de plástico dos oceanos e a redução das emissões de carbono.
 
Para os debatedores brasileiros, o foco em desenvolvimento tecnológico, como a digitalização, deve fazer com que os objetivos portuários sejam cumpridos com mais rapidez e eficiência em um futuro próximo.
 
O presidente do Conselho do Brasil Tech Export e diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), Angelino Caputo, lembrou das oportunidades que a janela única permite aos terminais parceiros e os ganhos de eficiência de um investimento tecnológico no futuro.
 
A integração entre nações e continentes por portos também é extremamente importante na visão do presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino.
 
Para ele, é preciso haver a consciência de que, atualmente, o Brasil tem terminais operando com as melhores tecnologias possíveis, apesar de não ter a capacidade para o desenvolvimento de terminais ‘fantasmas’ para a economia de escala. “Ainda assim é fundamental já apostar na tecnologia”, disse Aquino.
 
Já o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, acredita que “a tecnologia já faz parte de nosso cotidiano e vai ser fundamental para construirmos um futuro próspero”.
 
Por fim, o secretário-executivo da Praticagem do Brasil, Arionor Souza, destacou o uso do PPU (Portable Pilot Unit), uma nova tecnologia com sensores que dá precisão “muito grande” para a praticarem sobre o navio. Ele citou um estudo brasileiro já está andamento para a utilização da tecnologia no país.
 
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