Fonte: A Tribuna On-line

 

Projeto para cruzeiros marítimos foi apresentado em primeira mão por A Tribuna no início de julho

 

A construção de um novo terminal de passageiros de cruzeiros marítimos na área do Valongo, cujo projeto foi apresentado em primeira mão por A Tribuna no início de julho, ganhou um forte aliado na esfera governamental. Durante o 2º Summit Cruzeiros, nesta quinta-feira (18), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) promete celeridade na análise do reequilíbrio econômico do contrato de arrendamento, parte importante para viabilizar, a médio prazo, a construção do equipamento.

 

De acordo com o superintendente de outorgas do órgão federal, Renildo Barros da Silva Júnior, os prazos de análise podem ser encurtados por conta da qualidade do projeto a ser apresentado. “É importante termos sensibilidade ao analisarmos o reequilíbrio econômico de um contrato de arrendamento. Hoje, a Antaq está se reinventando, possui uma sinergia com o Porto. Não existe um prazo especifico, mas vamos criando ferramentas para estimular investimentos”.

 

Segundo ele, todo processo que chegar à agência reguladora será tratado com muito carinho. “Primamos pelo equilíbrio entre os envolvidos, que têm interesse comum. Mas uma balança não pode pesar para nenhuma parte. Temos que ser justos e coerentes, para que o investimento aconteça”.

 

O diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Santos Port Authority (SPA), Bruno Stupello, vê com bons olhos a postura da agência reguladora. “Temos um passado recente de ganho de maturidade dentro da agência reguladora, dos gestores do Porto e do Ministério da Infraestrutura. Esses três agentes, trabalhando de forma integrada e sabendo do que os outros precisam, colaboram para que haja celeridade na avaliação dos projetos”.

 

Stupello argumenta que o projeto do novo terminal de passageiros, construído e debatido “a seis mãos” entre SPA, Concais e Prefeitura, leva em conta o peso da indústria de cruzeiros. “Temos duas grandes preocupações, presentes no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto: eficiência operacional e ênfase na relação Porto Cidade, outra diretriz de desenvolvimento”.

 

Prefeitura

 

A secretária de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo de Santos, Selley Storino, representou o prefeito Rogério Santos (PSDB) no encontro e destacou a importância da mudança do terminal para o Valongo, em consonância com a ideia de revitalização do Centro. “Da perspectiva do Município, o terminal de passageiros no Valongo poderá se integrar a nossos equipamentos históricos, culturais e museus. A proposta de revitalização não tem como ser uma onda”.

 

Um dos exemplos do envolvimento do Poder Público municipal está na possível cessão de uma área de 5 mil metros quadrados para a construção de um edifício-garagem com capacidade de abrigar mais de 800 veículos.

 

Apoio e observações

 

Marcos Ferraz, presidente da Clia Brasil, se mostrou entusiasmado com o projeto do novo terminal de passageiros. “Os navios estão exigindo cada vez mais infraestrutura. O projeto apresentado é como música para a gente, porque é o que precisamos”.

 

Eduardo Silveira, da Associação do Profissionais de Turismo (APT), também aguarda com ansiedade o novo equipamento. “Os profissionais estão olhando não apenas com orgulho, mas como preparação, para atender a esse novo turista”. O advogado Thiago Miller, por sua vez, pondera que a mudança de local do terminal só é possível porque existe uma estabilidade jurídica. “Sabemos qual trilha será seguida, mas a gente precisa passar por vários crivos”.

 

O capitão dos Portos, Robledo de Lemos Costa e Sá, reforça a preocupação com elementos como segurança e meio ambiente na concepção do projeto do novo terminal. “O meio ambiente é uma preocupação mundial e não pode ser deixado de lado”.