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22/08/2022 - 13h31

A força dos cruzeiros na economia da Baixada Santista

Fonte: A Tribuna On-line - Editorial
 
O segmento de cruzeiros gera muitos negócios e empregos e a região precisa potencializar essa vocação econômica
 
A temporada de cruzeiros 2022/2023, com a previsão de 360 mil passageiros circulando pelo Terminal Giusfredo Santini, no Porto de Santos, em pelo menos oito navios, é uma injeção de ânimo na economia da região. Os dados foram divulgados no 2o Summit Cruzeiros, evento realizado pelo Grupo Tribuna na quinta-feira (18). Depois das suspensões do setor durante a pandemia, o segmento já movimentou 8 milhões de cruzeiristas no mundo, como são chamados pelo setor os adeptos desse tipo de turismo.
 
Trata-se de uma indústria da maior relevância para o Brasil e principalmente para a Baixada Santista, pois, além de movimentar as companhias do turismo e do receptivo, também gera negócios localmente para os profissionais de transporte, alimentação e até para a visitação de atrações locais, como o Museu do Café e as praias.
 
De acordo com dados do Concais, o terminal do cais santista concentra 65% dos embarques de cruzeiros realizados no Brasil. Além disso, os balanços das vendas de pacotes indicam uma retomada do segmento e que os cruzeiros permanecem nos planos e nos sonhos de férias de milhares de turistas do Brasil e do exterior.
 
Entretanto, a infraestrutura portuária para atender o movimento de embarcações desse porte merece uma maior atenção das autoridades e mais investimentos. O secretário nacional de Portos, Mario Povia, reconhece que há falhas. Hoje faltam berços de atracação, sobram gargalos viários e há a necessidade de conviver com operadores de carga. Uma das ideias que mais preocupam o setor é a possível instalação de terminal de fertilizantes no berço de atracação próximo ao Terminal Giusfredo Santini, devido à incompatibilidade da carga com passageiros em férias.
 
 
Durante o Summit Cruzeiros, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) prometeu acelerar a análise do reequilíbrio econômico do contrato de arrendamento, o que permitiria construir a médio prazo um novo terminal de cruzeiros no Valongo. Esse projeto foi apresentado em primeira mão por A Tribuna em julho e o Summit sinalizou que a agência reguladora, o Concais e a Santos Port Authority (SPA), a gestora do Porto, poderão trabalhar em conjunto pelo empreendimento.
 
As vantagens turísticas da integração desse novo terminal com as atrações culturais do Valongo, como museus e edificações históricas, como lembrado pelo prefeito Rogério Santos (PSDB), e eventual cessão de área para estacionamento de veículos dos passageiros mostram a viabilidade do projeto.
 
Esta não é a primeira vez que a proposta de terminal no Valongo é discutida e o assunto é aventado há muitos anos. Mas investimentos que envolvem instâncias governamentais e ambientais e conversas entre União, Município e setor privada são demorados no País. É preciso ser mais célere nessa área, pois o filão de cruzeiros gera negócios e empregos e a região precisa potencializar essa vocação econômica.
 
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